Semana de 22 a 28 de novembro de 2020
Leitura: Mateus 5.10-12
As pessoas citadas por Jesus em Mateus 5.1-9 são excluídas ou rejeitadas por este mundo, mesmo que aos olhos de Deus sejam bem aventuradas. Porém quando chegamos aos versículos finais desta introdução ao sermão do monte, descobrimos algo mais: não são apenas rejeitados e excluídos, são também perseguidos, odiados e injuriados.
Por que Jesus fez questão de não deixar escapar esse aspecto?
Um dos motivos é que nós precisamos perder qualquer expectativa de aceitação neste mundo. A partir do momento que temos a vida de Cristo em nós, essa marca nos levará a sermos rejeitados e odiados. Não adianta mudarmos alguma coisa do que fazemos. O que fizeram com Ele, farão com seus seguidores.
Ele também nos prepara para o que vem pela frente: andar uma segunda milha, perdoar a traição, amar o inimigo e orar pelo que nos persegue. Quando olhamos para o Mestre vemos que, enquanto esteve neste mundo, Ele foi e experimentou tudo o que está descrito nos primeiros versículos de Mateus 5. Ele foi manso, humilde, foi desprezado, foi injuriado, mentiram a seu respeito e, diante de todo o pecado que ofendia a sua santidade, Jesus chorou, porque via um povo que clamava por justiça, mas que não tinha em si mesmo a menor chance de se tornar justo. Jesus passou por tudo isto e, ao concluir sua vida terrena, andou uma segunda milha, viu suas roupas serem distribuídas entre os soldados, e clamou para que os seus inimigos fossem perdoados pelo Pai.
Quando encontramos dificuldade em nós mesmos ao tentar agir como Jesus, o Senhor nos olha diferente de como faria um fariseu ou um intérprete da lei. Ele nos olha e diz: “Eu sei o que você está passando. Eu também passei por essa dor, mas consegui vencer, e quero te levar a também ser um vencedor.” Ele não nos deixa desanimar diante da perseguição que o mundo nos impõe, nem da dificuldade de obedecer a sua Palavra num ambiente tão avesso à vontade de Deus. Ele faz diferente: ele manifesta em nós a Sua própria vida, através do Seu Espírito.
Precisamos certamente tirar os olhos de nós mesmos, das dificuldades, e dos perseguidores. Quando olhamos para Jesus, vemos a compaixão de quem foi o autor e consumador da fé, aquele que deu início e não deixou nada incompleto. Ele iniciou e concluiu toda a obra para que nós pudéssemos estar a seu lado, reinando nos céus.
Vamos usar nosso tempo juntos para orar uns pelos outros e compartilharmos sobre situações onde experimentamos perseguição e sobre como podemos reagir como Jesus em contextos como esses.