Semana de 07 a 13 de março de 2021
Leitura: Mateus 7:7-12
No capítulo 6 de Mateus, Jesus ensina seus discípulos a orarem, mas nesta passagem o Senhor explica que a postura certa ao orar é a chave para sermos cheios de fé. Se para Deus importa a maneira como oramos, qual a atitude correta frente às palavras de Jesus?
Muitos usam esse texto para ensinar que Deus lhe dará tudo o que desejar, como se Deus fosse um servo dos homens. Outros evitam essa passagem por não acreditarem que Deus é capaz de ouvir e atender nossos pedidos ou mesmo por acharem que não merecem a benção do Pai. Mas existe a postura correta ao orar, a postura de um filho de Deus.
Em primeiro lugar, o filho pede ao Pai. O Senhor Jesus estabeleceu este padrão, não só em seu ensino, mas através de sua vida, mostrando que devemos pedir a Deus o que necessitamos, certos de que o Pai nos ouvirá e irá nos atender, conforme a vontade dEle. Jesus ensinou que não devemos andar preocupados com o que vestir ou comer, pois o mesmo Pai que sustenta as aves irá sustentar os seus filhos, que possuem um valor muito maior. Portanto, Jesus nos chama a bater na porta do Pai sempre que precisarmos, cientes de que Ele nos ouvirá.
Em segundo lugar, o filho confia no Pai. Parte do processo de paternidade consiste na confiança de um filho em seu pai, o filho que possui um pai de bom caráter possui mais segurança para confiar nele. No entanto, por melhor que seja o caráter de um pai, ele ainda assim possuirá falhas. Já nosso Pai celestial é perfeito em tudo. Ele é completamente Santo. Seus pensamentos são maiores que os nossos e, por isso, podemos entregar o cuidado das nossas vidas a Ele, com a certeza de que Ele sabe o que é melhor para nós.
Em terceiro lugar, o filho se submete ao Pai. A submissão é fruto da confiança, aquele que confia no cuidado de Deus irá se submeter à Sua vontade e Seus mandamentos. Jesus é o exemplo perfeito disso. No Getsêmani, pouco antes de sua morte, em meio a muito sofrimento, sabendo que tomaria sobre si a ira de Deus pelos nossos pecados, ele rogou ao Pai que o poupasse desse sofrimento, mas confiou em Deus e terminou sua oração com “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” (Mt 26:39).
Em quarto lugar, o filho intercede por seus irmãos. No início do capítulo 7 de Mateus, Jesus fala como devemos agir em relação aos nossos irmãos, julgando-os da maneira certa e zelando pela vida deles. No versículo 12, o Senhor revela que devemos fazer aos homens aquilo que desejamos que eles façam por nós. Da mesma maneira que nos alegramos quando algum irmão intercede pela nossa vida, devemos interceder pela vida dos irmãos, pedindo, batendo e buscando ao Senhor em favor deles. Lembremo-nos do exemplo de Jó, que foi abençoado quando orava pelos seus amigos.
Qual tem sido a nossa postura ao orar? Temos orado verdadeiramente como filhos de Deus? Vamos rogar ao Senhor que Ele nos dê um coração de filhos, pedindo, confiando, se submetendo e intercedendo.