A SOBERANIA DE DEUS (Otocar Wondracek)

Semana de 06 a 12 de junho de 2021

Quando falamos de um dos atributos de Deus, é impossível não entrelaçarmos este com os demais, pois, juntos, eles revelam a sua divindade. A soberania, portanto, está interligada com os atributos que já estudamos como, por exemplo, onisciência, onipotência e onipresença.

Ele é o Criador, e nós, como suas criaturas, devemos ter a consciência de que, quer entendamos ou não, quer concordemos ou não, Deus não muda, Ele disse: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Isso nos leva a buscar conhecê-lo mais, isto é, buscar ter intimidade com Ele.

O homem natural está sujeito a mudanças e novidades, se ajustando às circunstâncias e é inconstante. Vocês já viram alguma evolução de Deus? Obviamente que não. A carta aos Hebreus começa afirmando que “o Filho de Deus é a expressão exata do seu Ser” (Hb 1.3), e termina declarando que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hb 13.8). De eternidade a eternidade, Ele é Deus!

Será que nós também não tentamos encaixar Deus em nossos limitados conceitos humanos? Como sua soberania opera em nós?

Soberania significa domínio e poder absoluto. Deus tem o direito de propriedade sobre toda sua criação. Consequentemente Ele tem o direito sobre a nossa vida também. Para nós, que o reconhecemos como nosso Deus, Ele se tornou nosso Senhor, e nós nos sujeitamos a Ele como seus servos. Um amo e seus servos. Um amo que é a expressão do próprio amor, e nós os servos conquistados por este amor. Só no Reino do Filho do Seu amor faz sentido abrir mão dos nossos direitos e considerar Deus como Senhor Soberano.

Às vezes escuto: “Seja o que Deus quiser!”, mas normalmente é uma expressão de alguém que já tentou todas as alternativas sem obter sucesso e, sem saída, declara um fatalismo.

A soberba da vida (1Jo 2.16) não procede do Pai, mas do mundo. O mundo declara que Deus é para os fracos e necessitados e, infelizmente, muitas vezes a igreja assimila este pensamento quando oferece ao mundo a salvação como uma alternativa, transformando o propósito de Deus em um simples convite, que se pode aceitar ou não, tornando-o mais um dos muitos remédios propostos para as enfermidades da alma. Deus vai sendo enfraquecido no coração dos homens pelo aumento das possibilidades humanas em seus avanços na árvore do conhecimento.

Quem reconhece a soberania de Deus, sabe que só Ele tem domínio sobre a situação e a Ele recorre, sem resistência.

Gosto da letra do cântico de um compositor, amigo meu:

“Sim, eu sei, Senhor, que Tu és Soberano
Tens os teus caminhos, tens teu próprio plano
Venho, pois, a cada dia, venho cheio de alegria
E me coloco em Tuas mãos, pois és fiel
Sim, eu sei, Senhor, que Tu és poderoso
És um Deus tremendo, Pai de amor bondoso
Venho, pois, a cada dia, venho cheio de alegria
E me coloco em tuas mãos, pois és fiel
Fiel é a Tua palavra, oh Senhor
Perfeito os teus caminhos, oh Senhor
Pois sei em quem tenho crido
Também sei que és poderoso
Pra fazer infinitamente mais
Do que tudo que pedimos, sentimos, pensamos e nós cremos
Infinitamente mais.”


Reconhecer o quanto o Criador está acima e distinto de sua criação nos faz reconhecer a sua soberania e sua divindade. Mas isso não significa que Deus ficou distante do homem, criado à sua imagem e semelhança. O seu amor foi manifestado em Jesus e a Palavra diz que “podemos compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que fiquemos cheio de toda plenitude de Deus. Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder, que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3.18-21)

 

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