Semana de 8 a 14 de agosto de 2021
Ao afirmar que “a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem” (Lc 12.15), Jesus denuncia pecados que são verdadeiros pilares da sociedade atual: o materialismo, a avareza e a cobiça.
Em Mt 13.22, o Senhor nos diz que o materialismo e a avareza sufocam a palavra e ela fica infrutífera. Criamos um amontoado de coisas em nossa mente e coração que a palavra de Deus fica em último lugar. Isso é muito grave!
O deus deste mundo, Satanás, mente ao homem e leva-o a crer que a felicidade acha-se no acúmulo de riquezas e bens materiais. Que ele pode gastar e desfrutar conforme quiser, pois é dono e senhor de tudo o que conseguir obter. Há todo um sistema na cultura humana reforçando essa crença e empurrando todos a investirem suas vidas perseguindo o que é terreno, como se nada mais que isso existisse.
Em Mt 16.23, Jesus responde a essa intenção do diabo. A estratégia dele é a mesma do jardim e também em Gn 14.21 (Dê-me as pessoas e fique com os bens para você. Paulo nos adverte em 2Co 11.3)
Como poderíamos resumir o que Deus quer de nós nesse tema? Segundo a palavra, o Senhor deseja que trabalhemos (2Ts 3.6-15) e que prosperemos (3Jo 2); que vivamos dignamente (1Ts 4.11,12) não para acumular tesouros sobre a terra (Mt 6.19-21; Lc 12.32-34), mas para termos o necessário (1Tm 6.6-10) e para termos com que ajudar os necessitados (1Co 16.1-2; Ef 4.28), nunca pondo os nossos interesses acima do reino de Deus (Mt 6.25-34).
Primeiramente, a palavra de Deus nos ensina que, por direito de criação, Deus é o único dono de tudo o que existe (Sl 24.1). Nós somos apenas usuários, administradores, mordomos, daquilo que não nos pertence, mas nos foi confiado para ser usado de acordo com a vontade do proprietário e para seu contentamento.
Segundo, a verdadeira vida é espiritual e eterna (Mt 4.4). Ela não é medida pelo “ter”, mas pelo “ser”; ser filho de Deus e viver dependendo dele. Por isso devemos colocar todos nossos bens materiais a serviço do Senhor, que nos dá vida eterna, ao invés de perdermos a vida eterna correndo atrás de acumular bens neste mundo.
Em terceiro, a felicidade não está no “ganhar” e sim no “dar”. A expressão máxima do amor de Deus em relação a nós foi “dar seu filho unigênito” para nos reconciliar com ele (Jo 3.16). O discípulo tem seu coração ajustado ao do Pai, um coração dadivoso, e não ao exemplo deste mundo que vive escravizado pela avareza. Podemos ler nas escrituras alguns exemplos de homens avarentos e aprender com o destino que tiveram: Nabal (1Sm 25), Geazi (2Rs 5.20-27), Ananias e Safira (At 5.1-11).
Meditemos e compartilhemos com nossos irmãos a riqueza deste ensino! Que a prática dessa palavra nos ajude a viver contentes e livres em meio a um mundo escravizado ao apego material!