COMO LIVRAR-SE DO APERTO FINANCEIRO E DAS DÍVIDAS (Eduardo Arakaki)

Semana de 5 a 11 de dezembro de 2021

Nos tempos em que vivemos, observamos a dificuldade de muitos em administrar as suas finanças, estando sempre apertados ou endividados. Na maior parte das vezes, a causa não está em ganhar pouco, mas em como a pessoa administra o que ganha. 

Para sermos libertos deste jugo precisamos nos conscientizar do sistema financeiro deste mundo: o sistema capitalista de consumo. Este sistema tem os seus mecanismos de consumo: propaganda, marketing, moda, crédito, cartão de crédito, cheque especial, entre outros. Novamente podemos usar aquele pensamento: o problema não está no dinheiro, mas no uso que fazemos dele!

PROPAGANDA – Mostra as novidades e desperta o desejo de ter as coisas, mesmo quando não temos recursos para isso. Você tem recursos para adquirir o que deseja?

MARKETING – Cria necessidades de consumo e convence as pessoas a comprarem, ainda que não precisem. Você precisa de tudo o que compra?

MODA – Acelera o processo de troca de bens. Por exemplo: a camisa da moda, o tênis de marca, etc. Você já percebeu alguma coisa que, anos atrás, você considerava bonita quando comprou, mas que hoje já perdeu a sua beleza?

CRÉDITO – Cria o “milagre” de comprar “antes de ter o dinheiro”. Dinheiro nada mais é do que um pagamento por um bem ou serviço prestado. Por exemplo, trabalhamos durante o mês e, no final, recebemos um salário. Uma vez de posse do dinheiro, temos o direito de usá-lo pagar nossas contas e compras. 

Comprando no crediário, estamos gastando um valor que ainda não ganhamos, penhorando o dinheiro do sustento do nosso trabalho futuro. Desta maneira ficamos escravos deste sistema financeiro, podendo cair numa armadilha,  vivendo apertados ou endividados, atrasando as contas e também pagando mais caro pelo que desejamos, por causa dos juros. 

Como não entrar neste sistema de consumo? 

A melhor saída é poupar. Desta forma, juntamos o valor que precisamos para uma compra e, então, compramos à vista, ou seja, “nós financiamos a nós mesmos”.

Há na cultura do crédito uma parte útil: quando são facilitadas transações comerciais sem prejuízo financeiro, ou seja, pelo mesmo preço que à vista. Contudo é necessário cuidar para que as parcelas caibam no orçamento. O mal reside quando o crédito é utilizado para seduzir as pessoas fazendo-as pagar mais caro em troca do “ter agora e pagar depois”. Devemos gastar nas reais necessidades como: lugar para morar, comida, vestuário, etc., e não gastos secundários (que no momento não são necessários e comprometem nosso orçamento), como celular, tv a cabo, presentes, etc.

CARTÃO DE CRÉDITO – Sem dúvidas, o cartão de crédito é um grande facilitador do processo de compra, e é muito útil em algumas circunstâncias, como viagens e compras on-line, por exemplo. A forma correta de usá-lo está em sempre termos a certeza de que podemos pagar toda sua fatura no dia do seu vencimento e, assim, não pagaremos os juros cobrados pelo parcelamento da fatura. Nunca devemos gastar mais do que ganhamos! 

CHEQUE ESPECIAL – O uso do limite do cheque especial também tem juros altos. Nunca devemos usar este limite; muito menos considerá-lo como parte do nosso orçamento. 

Você tem conseguido viver livre desse sistema?

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