Semana de 5 a 11 de junho de 2022

Como vimos nos tópicos anteriores, o plano de Deus para o seu povo não é impor um conjunto de leis e regras que somos incapazes de cumprir em sua totalidade. Mesmo que as leis de Deus sejam boas e reflitam a sua perfeição e bondade, nós somente conseguiremos cumpri-las se primeiro tivermos uma relação de intimidade e confiança com o Senhor, que é a essência da fé. Se cremos e confiamos no que diz nosso Senhor, o Espírito Santo vai gerar em nós o desejo de agradá-lo e manifestar o poder para praticar o que ele ordenou.

Tudo começa no relacionamento que temos com Deus e na revelação de quem Ele é, o que nos faz querer ser iguais a Cristo. Esta é a figura do espelho, descrita nos versículos 23 a 25 do capítulo 1. Mas, como o próprio texto menciona e como vimos no tópico anterior, ver e ouvir a Deus em primeiro lugar fará com que, na sequência, nossas atitudes práticas com as pessoas comecem a ser transformadas. 

Deus é santo; logo, meu relacionamento com as pessoas e com as coisas desta vida será marcado pela santidade. Deus é justo; logo, agirei com justiça. Mas Deus também é misericordioso, e eu também serei, glorificando ao Senhor com minha maneira de falar, agir, reagir.

Esta é a lei da liberdade, que Tiago menciona no fim deste trecho (Tg 2.12), que corresponde a este processo de conhecer e confiar no Senhor, dar crédito (crer) no que Ele diz e praticar o que lhe agrada, por que o amamos. Em resumo, a lei que nos julga não é, em primeiro lugar, fazer isso ou aquilo, mas se temos ou não temos fé. 

E Tiago ainda completa o ensino desse ponto dando exemplos de como esse agir por fé irá trazer mudanças bem práticas nos relacionamentos: ajuda sincera e desinteressada ao pobre e necessitado, mansidão e humildade no trato de uns para com os outros, etc. Que o Senhor Jesus possa nos ajudar a enxergá-lo melhor e a praticar o que vemos Nele em nossos relacionamentos.