FÉ E OBRAS (Tg 2:14-26)

Semana de 12 a 18 de junho de 2022

A carta de Tiago tem um forte chamamento à realidade da fé, ou seja, que eu experimente e possa testemunhar da vida e da obra de Jesus. E o texto que vamos meditar nesta semana pode ser a chave para entender bem esse assunto sem cair no equívoco pelo qual alguns tropeçam acerca da fé e das obras, especialmente quando Tiago diz que “uma pessoa é justificada pelas obras e não somente pela fé” (Tg 2.24). Essa afirmação, tirada do contexto, pode nos fazer errar no entendimento do que a Palavra realmente ensina.

O que o Espírito Santo está nos dizendo através da carta de Tiago é que não existe fé “virtual”. Se cremos verdadeiramente em Cristo e, portanto, confiamos em sua Palavra como sendo A Verdade, o Espírito Santo que habita em nós, o Espírito da verdade que nos conduz para Cristo e trabalha para manifestá-lo em nós e através de nós, irá nos conduzir à prática do que ouvimos do Senhor.

Então, por que isso não acontece conosco sempre? Talvez porque ainda nos falte ter e exercitar plena confiança Nele. Quando cremos de forma irrestrita, fazemos exatamente como sua Palavra nos diz. 

Tiago menciona a “crença” que os demônios têm, ressaltando que ela é totalmente inútil, da mesma forma que a crença de um homem que ouve a Palavra, supostamente concorda com ela, mas não a recebe de fato no coração e não a pratica (Tg 2.19-20). Essa é uma afirmação muito forte, pois nos compara aos servos do diabo. O que há de comum entre o um demônio e um “crente virtual” (nesse ponto específico) é que, embora creiam que Deus exista, ambos não aceitam a Palavra de Cristo, não o amam, e nem confiam nele, o que resulta na falta de atos concretos para que a vontade do Senhor seja cumprida, pois ela é boa, agradável e perfeita.

Uma comparação bem melhor é a que Tiago faz com Abraão, Raabe e aqueles que ouvem e praticam a Palavra de Deus: crêem no que o Senhor falou, confiam nele, entregam a ele sua vida e seu futuro, e fazem, DE FATO, tudo o que a Palavra de Deus diz. Não vivem segundo seus sentimentos ou pensamentos, nem mesmo segundo os padrões do mundo, mesmo que “elevados” e aparentemente sensatos. Quem age assim não é tolo (vs. 20), mas crente, justificado e amigo de Deus (vs. 23 e 24).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *