No último domingo (13/09) fomos ministrados pelo nosso irmão Dari Pereira sobre a importância de guardarmos a nossa fé e estarmos bem fundamentados nela, sendo ela parte essencial da vida de um discípulo de Jesus e indispensável para todos aqueles que desejam viver uma vida que agrada ao Senhor.
Em Hebreus 11:1 lemos que a fé é a certeza das coisas que se esperam, ou ainda em outras traduções, o firme fundamento das coisas que se esperam. Bem sabemos que vivemos em tempos onde a sociedade ocidental, que antes possuía fundamentos cristãos, tem cada vez mais aberto mão deles e aceitado qualquer coisa – o crescimento do liberalismo nos mais variados aspectos. Esse vácuo de certezas e convicções tem sido uma porta de entrada para falsas religiões e costumes extremamente fundamentalistas, que apesar de falsos estão bem fundamentados no que creem. Ou seja, um povo que abre mão dos seus fundamentos abre caminho para que outros, com mais certeza do que acreditam, tomem conta.
Este exemplo nos alerta para o perigo de abrirmos mão da nossa fé e, portanto, dos nossos fundamentos. Em tempos de guerras ao redor do mundo, somos lembrados que também estamos em uma guerra espiritual, e que a fé no Senhor é o nosso escudo (Ef 6:16) para andarmos confiantes e em segurança; mas precisamos estar bem fundamentados na Verdade para permanecermos inabaláveis! A fé é nossa arma de guerra e devemos guardá-la até o fim de nossas vidas, é uma arma que jamais pode cair de nossas mãos, assim como um soldado não pode ficar sem sua arma no meio de uma guerra. Na luta contra satanás, ela possui papel essencial para que não sejamos vencidos e venhamos a cair, ao usá-la, nos recordando e praticando o que a Palavra de Deus diz, sempre sairemos vitoriosos.
Existem outros aspectos importantes da fé que devem ser considerados: nossa fé pode naufragar ao não estarmos firmes nela (1Tm 1:19), nossa fé pode adoecer e se enfraquecer ao não praticarmos ela por completo (Rm 14:1), a nossa fé pode morrer ao não deixarmos que ela atue através de nossas obras e, assim, ela não vale de nada (Tg 2:26). Uma fé morta nós leva a andar de acordo com o curso deste mundo, na direção da perdição eterna. Mas não deve ser assim em nossas vidas, devemos ter uma fé viva que se opõe a tudo aquilo que não procede do Senhor e de sua Palavra. Em um mundo de pós-verdades, somos chamados a nos portar com convicção em relação aquilo que cremos e nos opor ao que o mundo define como ideal.
No mesmo capítulo de Hebreus 11, aprendemos com a vida de homens e mulheres de Deus que nossa fé deve ser exercida e atuante. Noé foi um exemplo de homem que exerceu sua fé e, ao obedecer a palavra do Senhor e condenar o mundo (Hb 11:7), salvou sua família. O que nós cristãos devemos condenar neste mundo que não está de acordo com os mandamentos do Senhor? Devemos nos portar como Noé, nossa casa deve funcionar como uma arca que protege a nossa família de tudo, estando bem fundamentada nas certezas da nossa fé em Cristo. Encontramos outros exemplos de fé exercida como a de Abraão, que deixou para trás tudo que tinha (Hb 11:8), e de Abel, que ofereceu um sacrifício que agradou o Senhor (Hb 11:4). Ou seja, a nossa fé pressupõe que muitas vezes seremos chamados ao sacrifício, tendo que abrir mão de coisas e lugares, tomando a nossa cruz como o Senhor nos ordenou.
Por fim, ao mesmo tempo que estamos em guerra e devemos seguir sem vacilar, olhando firmemente para o Senhor, esta mesma fé nos permite ver além do que vivemos hoje e nos alegrar com a verdade de que muito em breve Jesus irá voltar, e iremos habitar para sempre com ele, onde não haverá mais luto, choro ou dor. Nosso coração precisa estar tomado pela fé que vem de Deus, que é gerada pelo Espírito Santo em nós, para que possamos seguir a jornada desta vida inabaláveis e confiantes em nosso Senhor. Medite com os irmãos sobre todas essas verdades e sobre o que essa palavra mais fala com você. Lembrem de versículos que reforcem o que acabamos de ler, e orem ao Senhor para que ele derrame uma fé cada vez maior na vida de cada um.