Nos últimos textos do De Casa em Casa, revisamos as ministrações da Conferência da Família, ministrada pelo nosso querido irmão Danny Baker. Vimos o contexto histórico dos últimos anos e o cenário de destruição do núcleo familiar; aprendemos sobre o papel do marido, da esposa e dos filhos dentro de casa e relembramos a importância da criação de filhos para Deus e a responsabilidade dos pais nessa obra. Em cada ministração, a referência máxima lançada se encontrava na palavra de Deus, tendo ela como o único padrão a ser seguido e buscado dentro dos lares da Igreja.
Diante disso, somos convidados a buscar o padrão na Bíblia de um lar cristão que agrada a Deus. Em Colossenses 3:12-17 encontramos essa referência, a régua pela qual o padrão do lar cristão é medido. Ali nos deparamos com a maneira pela qual devemos – enquanto pais, maridos, esposas e filhos – nos revestir, nos tratar, nos instruir, nos aconselhar e praticar todas as mutualidades que tão bem conhecemos. Tal ambiente do lar cristão é marcado pelo senhorio de Cristo, onde cada palavra dita é inspirada por Ele, onde o mundo não entra, onde a misericórdia triunfa sobre o juízo, onde o perdão abunda, onde a paciência e o amor se veem na prática e onde o Espírito Santo está completamente acomodado. Um lar assim, apesar de suas características excelentes, não é habitado por pessoas perfeitas e sem falha alguma, mas por pessoas que, a despeito das falhas e das dificuldades, amam-se profundamente e que tem um vínculo marcado pelo amor e pelo perdão.
Com esse padrão revelado, deparamo-nos com diversas verdades e suas aplicações práticas em nossos lares. A liberdade que o Espírito Santo tem no lar é marcada pelas falas mansas e dóceis, segundo as próprias palavras de Jesus, que não entristecem o Espírito Santo e que fazem do lar uma morada agradável a Ele. Por isso, quando uma palavra é dita de forma ríspida, insensível ou dura, o Espírito Santo se entristece e o ambiente do lar fica pesado e sem a sua liberdade. De igual forma, tudo que é feito nesse ambiente, é feito para a glória de Deus, em nome de Jesus e em gratidão ao Pai. Dessa maneira, ao fazer qualquer coisa, por exemplo, ver um filme, fazemos isso em nome de Jesus, dando glória a Deus e agradecendo ao Pai. Se não podemos fazer uma dessas coisas ao assistir aquele filme, não devemos fazê-lo. O lar cristão não é da família, mas de Deus. Portanto, tudo aquilo que é feito no lar deve agradar ao seu Dono.
Por fim, vemos nesse padrão bíblico que o ambiente do lar cristão é o primeiro campo missionário dos discípulos. Ele é o celeiro e o protótipo do Reino, servindo como um forno de preparação para que o caráter de Cristo seja moldado em cada integrante da família. Através dessa incubadora espiritual, outros lares são conquistados para Cristo, sendo luz para os descrentes, pela expressão de um evangelho real, não apenas de culto em culto, mas todos os dias à mesa, nas conversas, nas palavras de Jesus e no perdão e amor mútuo. Nós que somos chamados para impactar nossa geração e fazer discípulos de todas as nações, devemos começar em casa, pois ela é o termômetro da vida cristã. Se estamos bem em casa, temos tudo para estar bem na vida de corpo e na extensão do Reino; mas se há algum desajuste dentro do lar, todo resto será afetado e impactado.
Assim, que nossos lares sejam balizados pela régua infalível da palavra de Deus, tendo o amor acima de tudo, que é o vínculo da perfeição. Esse amor não é expresso somente em palavras e declarações, mas principalmente em ações e atos que expressam o amor de Cristo, não procurando primeiramente os nossos interesses, mas preferindo o próximo em honra, tudo suportando, tudo crendo, tudo esperando e tudo sofrendo em amor uns aos outros.
Perguntas para reflexão nos lares e nos grupos:
- De que modo você, hoje, pode contribuir para que sua família seja um testemunho vivo do amor de Deus diante do mundo?
- Seu lar tem sido um ambiente onde o amor, o perdão e a paz de Cristo são visíveis, especialmente nas dificuldades?
- O que precisa ser restaurado na atmosfera do seu lar para que o evangelho seja não só falado, mas vivido no dia a dia?