DCEC: Semana de 26 de maio a 1º de junho de 2025

“…mas não foi assim desde o princípio…” (Mt19:8)
Em Mateus, capítulo 19, Jesus profere estas palavras, quando questionado pelos fariseus sobre a questão do divórcio.
Jesus retoma a história da criação e retira o olhar das questões terrenas, intentando elevar o olhar para o propósito eterno de Deus.
No princípio, Deus já havia estabelecido o que Ele queria fazer, como iria fazer e onde queria chegar. E, apesar da entrada do pecado na história do homem, Deus não mudou seu plano.

Para compreendermos as questões terrenas, com um olhar no plano eterno, precisamos então entender qual é a base e princípio de todas as coisas, para então, caminharmos sobre esta verdade.
Adão e Eva saem do jardim e recebem uma ordem: multipliquem-se e sujeitem a terra. A terra ficou povoada, mas à medida em que foi cheia, encheu-se também de depravação e pecado, sendo impossível essa sujeição.
Após o dilúvio, a esta nova humanidade que viria, Deus já não ordena que sujeitem a terra. Seria necessário uma nova espécie, com força e autoridade, para cumprir esta ordem que foi dada no princípio.

Através de Jesus, em um homem, uniu-se a geração terrena, com aquilo que é espiritual. Não apenas uma família biológica, mas uma família espiritual passou a existir, unidos pelo vínculo profundo e eterno da adoção de filhos.
A partir de agora, o Espírito Santo passa a habitar, multiplicar e sujeitar o mundo através de nós.
A igreja passa a ser este grande clã, onde podemos viver de forma prática, com intimidade, a vida que Deus planejou para o homem: uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus.

Para que isto aconteça, há um trabalhar do Espírito em nós, para que o “eu” saia da centralidade de nossas vidas, e Cristo assuma este controle em cada um.
Alguns irmãos preciosos sintetizaram uma análise do homem pecador, como representados por três pilares de um triângulo: Orgulho, rebeldia e o egocentrismo como sendo a base.
O amor e o serviço, que são os movimentos em que o “eu” sai do centro, precisam passar por cima dos desejos e pensamentos próprios. Esta dinâmica ocorre principalmente no vínculo e convivência familiar, e depois é vivida nas relações do corpo da Igreja.
“Cristo em vós, a esperança da glória.” Col 1:27

O propósito de Deus, é que Cristo seja o cabeça de uma família (corpo), onde todos são iguais a Ele. Mas o que significa exatamente, ser igual a Cristo?
“…se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto…” João 12:24
Muitas vezes, Deus permite que situações ocorram, para que o trigo verde e duro que somos nós, possa amadurecer, morrer e então dar fruto. Usando o exemplo de Jó, que era justo e íntegro, possuía uma vida perfeita e reta; porém Deus permitiu que sua vida fosse tocada, para que então fosse revelada sua pequenez e fragilidade, contidas debaixo de uma espessa camada de orgulho e justiça própria.
Que Deus ache um nós um coração disposto a morrer uns pelos outros, assim como nosso irmãos mais velho o fez em uma cruz, por amor de nós.

Perguntas para reflexão e conversa nos grupos:

  1. A minha família, e a minha vida tem sido encabeçada por Cristo?
  2. Como podemos viver na prática a vida de Corpo, como família de Cristo?
  3. O que eu poderia fazer, ainda esta semana, para expressar a vida de Cristo em favor dos meus irmãos?

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