DCEC: Semana de 7 a 13 de julho de 2025

A história dos discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24.13-35) nos revela como as frustrações e a incredulidade surgem quando não compreendemos o plano de Deus. Aqueles dois discípulos, embora próximos dos acontecimentos da ressurreição, estavam desanimados e voltando para casa. Eles haviam colocado suas expectativas em um tipo de Messias que libertaria Israel de forma política e terrena. Por isso, a cruz havia destruído sua esperança. No entanto, Jesus se junta a eles no caminho, ouve sua decepção e, com paciência, começa a revelar, pelas Escrituras, que tudo fazia parte do plano divino.

A cidade de Emaús trazia lembranças de um tempo de libertação na história de Israel, mas agora Jesus mostra que a verdadeira libertação não seria militar nem política, e sim espiritual. A redenção que Ele trouxe é eterna. Ao partir o pão com os discípulos, seus olhos se abrem e eles percebem que era o próprio Cristo ressuscitado. A peça que faltava se encaixa: não era apenas sobre a cruz e o sofrimento, mas sobre a ressurreição e a vida. As marcas em suas mãos confirmam que Ele venceu a morte. Aquilo que parecia o fim, era, na verdade, o início de uma nova esperança.

Os discípulos imediatamente retornam a Jerusalém para compartilhar essa notícia. Isso mostra que, quando temos uma verdadeira revelação de Cristo, não conseguimos ficar parados. A ressurreição dá sentido a tudo o que Ele havia dito antes, e nos enche de ardor no coração. Quando temos os olhos ajustados à perspectiva do céu, entendemos que este mundo não é o fim. Por isso, não podemos basear nossa fé apenas em expectativas humanas. Quando esperamos de Cristo apenas soluções para esta vida — segurança, estabilidade, prosperidade — nos frustramos diante das dificuldades e nos afastamos da comunhão com os irmãos.

As perguntas de Jesus àqueles discípulos continuam válidas hoje: “Quem vocês dizem que Eu sou?” O que esperamos dEle? Que resolva problemas terrenos ou que nos prepare para a eternidade? Guerras, crises, perseguições e catástrofes podem acontecer — e a Bíblia já nos advertiu sobre isso. Mas o que nos mantém firmes é saber que o nosso Redentor vive e voltará para nos buscar. Essa é a nossa verdadeira esperança. Nossa fé precisa estar firmada na promessa da nova terra e dos novos céus, onde não haverá mais dor, morte nem lágrimas. Enquanto isso, vivemos com os olhos no Pai, sem nos prender às coisas passageiras deste mundo.

A cada vez que participamos da Ceia do Senhor, somos chamados a ajustar nossa visão. Anunciamos a morte do Senhor, mas também proclamamos que Ele virá. É tempo de viver preparados, com os olhos na eternidade. Como Paulo disse em 1 Coríntios 7.29-32, precisamos viver livres de preocupações excessivas, usando este mundo como se dele não dependêssemos. O que nos sustenta é a promessa da volta de Jesus. Essa é a esperança que nos traz paz e descanso, mesmo em meio às tempestades.

Perguntas para reflexão e conversa nos grupos:

  1. O que significa, na prática, viver com os olhos na promessa da segunda vinda de Jesus?
  2. Quais são as expectativas que você tem colocado em Jesus? Estão mais voltadas para esta vida ou para a eternidade?
  3. Em momentos de frustração, desânimo ou crise, como sua visão sobre Cristo e seus planos tem sido ajustada?

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