A IMUTABILIDADE DE DEUS (José Gustavo Mirando)

Semana de 11 a 17 de julho de 2021

LER: Isaías 41.4; Hebreus 13.8; Isaías 46.9-11; 2 Timóteo 2.11-13

Dizer que Deus não muda é o mesmo que dizer que a sua natureza não muda; o seu caráter não muda; o seu propósito não muda; a sua palavra não muda. Ele é Deus, o criador, o início e o fim de todas as coisas. Mesmo que seja desprezado pelo mundo, Ele continuará sendo o mesmo Deus até o fim. 

Há pessoas que veem diferença entre Deus no antigo e no novo testamento, mas isso não é verdade. Hebreus 13.8 afirma que Jesus, o verbo eterno, que criou todas as coisas, que se humilhou e fez carne, não mudou na sua essência e no seu caráter. Ele, que é a expressão exata de Deus, é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

No Antigo Testamento, vemos o anúncio do juízo de Deus por causa do pecado do homem. No Novo Testamento, vemos esse juízo se consumando em Jesus, que, na cruz, pagou o preço da morte. Um dia, a palavra de juízo prevista desde o Gênesis se cumprirá contra todos aqueles que rejeitaram o Filho e seu sacrifício. Ao mesmo tempo, Deus receberá como justificados todos os que creram, que confiaram e que viveram pela fé em Jesus Cristo. 

Esse mesmo trecho de Hebreus (Hb 13.7-9) nos alerta para olharmos o exemplo dos que permaneceram fiéis a Deus até o fim de sua vida. Se não nos permitirmos desviar por ventos de doutrina, teremos o mesmo destino. O fundamento para isso é o fato de que Deus não muda e sua Palavra permanece para sempre. Logo, o que Ele prometeu, Ele vai cumprir. As circunstâncias não o afetam e os conceitos do mundo não alteram quem Ele é, nem o que Ele faz. 

Mas e quanto aos trechos da Bíblia que mencionam uma mudança na ação de Deus quando, por exemplo, depois de ordenar o juízo contra alguém, Deus volta atrás porque aquela pessoa ou povo se arrependeu? Seria isso uma exceção à imutabilidade de Deus? Não, certamente que não.

Quando Deus altera o que havia anunciado, ele o faz por causa da mudança do homem. Deus quer guiar o homem segundo a sua vontade perfeita, e faz muitas promessas de bênçãos para quem quiser andar dessa forma. Mas se a pessoa quiser andar de forma independente, pelo seu próprio caminho, as bênçãos não virão, mas os problemas sim. 

Da mesma forma, quando alguém se arrepende, passa da morte para a vida, para uma nova vida (vida eterna). Mais uma vez a mudança foi do homem que, nesse caso, se ajustou à vontade de Deus. E, em ambos os casos, como prova da imutabilidade de Deus e sua Palavra, Ele avisa antes, tanto no alerta para o que vai se perder, quanto no chamado ao arrependimento.

O caminho de Deus nunca se altera, porque Deus nunca muda. Nós é que entramos ou saímos desse caminho. Como Paulo disse a Timóteo: Ele é fiel. (2Tm 2.11-13). Aliás, esse texto deve produzir em nós, ao mesmo tempo, temor e segurança. 

Temor no sentido de cuidar para não agirmos contrariamente ao que Deus quer, porque Ele não vai mudar sua palavra ou sua vontade segundo nossos desejos pecaminosos. Mas também segurança porque, mesmo sendo pecadores, Ele nos atrai com seu amor, nos recebe, nos limpa e nos dá poder para vivermos unidos a Cristo, fazendo a sua vontade.

Que esse atributo do nosso amado Deus seja motivo de andarmos mais perto Dele nestes dias de tanta escuridão no mundo.

 

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