OS 4 PILARES: 1º ARREPENDIMENTO (José Gustavo Miranda)

Semana de 10 a 16 de outubro de 2021

Nas últimas semanas, no DCEC, meditamos sobre “A Nova Maneira de Viver” confrontando nossa maneira de agir antes de conhecermos a Jesus e as mudanças que precisam ocorrer no que pensamos, falamos, ouvimos e fazemos a partir do momento que fomos conquistados pelo Senhor.

A mudança efetiva e que tem valor espiritual é a que se constrói sobre novas bases, sobre um novo fundamento, uma mudança promovida pelo Espírito Santo de dentro para fora, mas com a nossa concordância e participação de forma prática. Ele age lá dentro, e eu respondo aqui fora. É uma nova casa que está sendo construída pelo e para o Espírito Santo, tijolo por tijolo, alinhados com a pedra angular que é Cristo Jesus.

Por isso, nas próximas semanas nós vamos abordar alguns desses fundamentos ou pilares necessários para que essa casa – a nova vida – cresça firme e se mantenha inabalável até o fim.

O primeiro dos quatro fundamentos é o arrependimento que, de certa forma, é a base para os outros três: confissão, perdão e restituição.

A palavra grega metanóia, traduzida para arrependimento, significa “mudança de mente”. Porém, o arrependimento segundo a Palavra de Deus é bem mais amplo do que simplesmente mudarmos conceitos ou mudarmos nossa maneira de pensar. Significa termos a visão de Deus para tudo que nos cerca, o que também altera nossos valores (o que é mais valioso ou prioritário para Deus também passa a ser para mim), e, a partir daí, uma decisão de cortar com tudo o que diz respeito à velha vida e abraçar todo o conselho de Deus, toda sua vontade.

Antes, nós tínhamos uma raiz em Adão e neste mundo. Agora, nossa raiz está nos céus, no cabeça que é Cristo. É preciso cortarmos a raiz antiga, rompendo com a velha maneira de pensar e agir, e passarmos a fazer as coisas de acordo com Jesus.

Desde o primeiro dia em que cremos no Senhor, passamos a experimentar o arrependimento porque nossa velha vida no pecado e na independência precisa ser exposta à cruz e ao sangue de Cristo. Desta forma, somos limpos do pecado e livres da condenação. A partir daí, existe uma ação diária do arrependimento em nós para que não voltemos atrás, mas caminhemos na direção do propósito eterno de Deus. Todos os dias, precisamos renovar nossas escolhas pela vontade de Deus.

O ser humano sem Cristo vive para agradar a si mesmo, ainda que fazendo coisas contrárias à vontade de Deus. Por isso, a maneira de viver desse velho homem produz as atitudes que falamos ao longo destas últimas semanas. Quando nos achegamos a Cristo, o Espírito Santo trabalha em nós para substituir os atos do velho homem (Adão) pelos do novo homem (Cristo). O problema é que a atração pelo que é mal continua existindo na nossa carne e nos nossos membros, como Paulo fala aos Romanos no capítulo 7. Não conseguimos por nós mesmos anular essa atração da carne e do mundo. É necessário um poder maior, mais forte, que é a graça e o poder do Espírito Santo. No entanto, ainda que tenhamos esse poder à nossa disposição, a decisão de experimentarmos a nova vida continua sendo nossa. Sou eu que escolho deixar minha vontade para trás e, através do poder de Deus, ir na direção da Sua vontade.

Em Marcos 8.34-35 e Lucas 14.33, Jesus fala de forma muito prática sobre o arrependimento na vida dos discípulos:

1. “Negue-se a si mesmo” – 

Negar a si mesmo é mais do que deixar de cometer alguns pecados. Implica em rejeitar a vontade própria quando ela é incompatível com a vontade do Senhor, mesmo quando não for pecado. O foco aqui é a decisão interior.

2. Tomar a cruz

Após nos negarmos, o ato seguinte é tomarmos voluntariamente a cruz, fazendo como Jesus fez. Aqui o foco é o ato concreto.

3. Perder a vida

A expressão “perder a vida” por causa de Jesus não significa uma morte física. A palavra “vida” neste versículo também pode ser traduzida como “alma” ou “vida da alma”, no sentido de que, ao tomarmos nossa cruz, nossos pensamentos, nossas emoções e nossa vontade se sujeitam à vontade do Senhor Jesus. É uma perda efetiva, resultado da negação a si mesmo e de tomar a cruz.

4. Renunciar a tudo

Por fim, tudo o que somos e possuímos não nos pertence mais. Cristo é o Dono, o Senhor, o Soberano. Agora tudo é dele: família, emprego, casa, carro, dinheiro, lazer, etc. 

Assim como Jesus venceu a morte e ressuscitou, podemos ter certeza de que o mesmo poder que o ressuscitou também nos vivifica, desde agora, nos fazendo experimentar uma nova vida de vitória sobre a morte e sobre o pecado e, por fim, nos levará até o encontro com o Senhor.

Vamos revisar estas verdades e considerar o que aprendemos com este pilar, com este fundamento. Que vivamos a prática do arrependimento todos os dias!

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