Semana de 13 a 19 de março de 2022
O capítulo 12 de Atos inicia relatando Herodes perseguindo a igreja. Tiago, um dos doze discípulos de Jesus, foi morto e, neste movimento contra a igreja, Pedro também foi preso.
Humanamente, poderíamos esperar que os irmãos ficariam tomados de grande medo e desespero, pois tudo indicava que a perseguição seria ainda mais intensa. Era como se revivessem todo o sofrimento da morte do Senhor, pois eles estavam passando mais uma vez pela páscoa judaica, no mesmo período do ano em que Jesus foi crucificado. O que fazer em uma situação como essa? Que armas a igreja tem para lutar se contrapondo ao ataque das trevas?
Aqueles discípulos entenderam que a luta que tinham era espiritual, pois o alvo dos ataques não era eles, em primeiro lugar, mas sim o evangelho. Portanto, estratégias ou armas humanas não seriam eficazes. O padrão que adotavam era conforme o que ouviram e viram no Senhor Jesus: olhar para cima, ver a situação com olhos espirituais, humilhar-se e buscar maior dependência do Pai, e colocar todas as suas cargas diante Dele, em oração.
A resposta foi rápida, pois Pedro foi solto de forma milagrosa pela ação de um anjo enviado por Deus. Saindo da prisão, Pedro foi procurar os irmãos na casa onde se reuniam para, incessantemente, intercederem em favor dele. Porém, outra consequência estaria por vir. Enquanto a igreja se humilhava e clamava a Deus que lutasse por eles, Herodes mostrava o quão grande era sua soberba, além de ser um perseguidor da igreja. O juízo veio com força sobre a vida desse homem, que morreu de uma forma horrível.
Aprendemos com esse trecho de Atos que não há arma mais poderosa do que um coração humilde e dependente de Deus, que vive em comunhão com o Senhor, baseado em sua graça e enorme misericórdia. A oração feita dessa forma sobe aos céus como aroma agradável a Deus e vai enchendo o cálice da sua ira.
A justiça virá de forma rápida, como vemos no capítulo 12 de Atos, ou talvez com maior tempo de espera. Mas ela nunca será tardia, muito menos falha, para aqueles que se derramam diante do Senhor em oração.
É interessante que, apesar das lutas e oposição do mundo, no final do capítulo 12 (vs. 25) vemos a obra de Deus em progresso ao observarmos que João Marcos, aquele jovem em cuja casa se reunia a igreja para orar por Pedro, agora estava indo em companhia de Paulo e Barnabé para pregar o evangelho em locais onde novas igrejas surgiriam, apesar de vermos também a constante oposição que iria se levantar contra eles.
Eis um resumo do progresso do evangelho, até que nosso Senhor estabeleça seu reino e faça total e definitiva justiça. Maranata, ora vem Senhor Jesus!