MUTUALIDADES: NÃO PROVOCAR UNS AOS OUTROS, MAS SUPORTAR E ADMOESTAR EM AMOR

Semana de 21 a 27 de agosto de 2022

LER: Gl 5.25-26; Ef 4.1-3; Rm 15.14

No tópico anterior, vimos que os gálatas estavam lutando entre si (Gl 5.15) quando foram lembrados, por Paulo, acerca de sua nova situação em Cristo: não mais como inimigos de Deus e uns dos outros, mas cheios do amor, que é próprio de Jesus e daqueles que agora receberam a sua vida. Na sequência, Paulo fala do fruto de quem vive no Espírito, em contraste com as obras da carne, que não devem (ou não deveriam) mais estar visíveis na vida do discípulo de Jesus.

Quando, porém, a carne não permanece na cruz, que é o seu lugar, ainda que aparentemente a pessoa viva como um discípulo, algo dentro dela ainda frutifica para o que é terreno e carnal. As paixões e desejos desta vida começam a florescer e, em algum momento, irão se revelar. É justamente este o sentido original da palavra grega traduzida como “provocar” os outros em virtude de um sentimento de soberba, vanglória e superioridade.

Quem vive dessa forma, dando vazão à carne, com certeza em algum momento vai se dividir, ofender ou causar dano a seu irmão. Quem é cheio do Espírito Santo e não dá oportunidade à carne verá o fruto do Espírito em sua vida. Não vai olhar os demais com superioridade, pois todos estamos debaixo da misericórdia e da graça de Deus. Tudo o que temos ou somos depende Dele. E mesmo quando percebemos que algum irmão está em situação de dificuldade, nossa atitude será a de ir ao seu encontro para suportá-lo e não para acusá-lo ou provocar uma reação também carnal naquele que passa por lutas e dificuldades.

Aquilo que aprendemos que não deve ser feito tem seu oposto numa atitude de amor, compaixão, empatia e serviço desinteressado. “Suportando uns aos outros em amor” é o que nos diz Efésios 4.1-3. Isso é feito com um alvo: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13); ou seja, estamos todos na mesma condição, e só o caminhar juntos nos fará ver a plenitude de Cristo em Seu corpo.

Se alguém está com dificuldades, vamos suportá-lo e, se algo em sua vida precisa ser ajustado à Palavra de Deus, vamos admoestá-lo, mas também em amor e humildade, como Paulo aos Efésios: cheios de bondade e conhecimento PARA admoestar uns aos outros (Rm 15.14).

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