Semana de 26 de fevereiro a 04 de março de 2023
LER: João 8:58
Qual é o nome de Deus? Essa pergunta pode parecer estranha e, às vezes, podemos ficar confusos com as diferentes respostas que encontramos. Estamos acostumados a chamá-lo de “Senhor”, mas isso não é exatamente um nome, não é? Ouvimos ainda expressões como Pai, paizinho, amigo, amado, noivo e tantas outras que, embora sejam diferentes em essência e não possam ser aplicadas simultaneamente a uma mesma pessoa natural, são todas igualmente verdadeiras para Deus.
A nossa visão a respeito dele está muito ligada às ideias culturais que nos cercam e às experiências que passamos ao longo da vida, e é exatamente isso que encontramos na Bíblia: a narrativa nos conta os diferentes nomes que Deus usou para se apresentar a um povo que descende de um homem chamado Israel, e também relata os diferentes nomes que eles mesmos utilizaram para referirem-se a Deus. Parte dessas expressões surgiram em ocasiões de intervenção divina e servem para nos mostrar a Sua soberania, outras nos mostram os propósitos de Deus no seu relacionamento com o homem e também a reciprocidade que ele encontrou em muitos corações, recebendo nomes que expressam desde a intimidade de bons amigos e de uma família unida até termos carinhosos que um casal troca à medida que progridem em sua jornada.
Essas dezenas de títulos e adjetivos ajudam a ampliar nossa visão e estão todos igualmente ancorados em uma profunda e sólida revelação: EU SOU. Essa expressão encontrada em Êx 3:14 pode parecer pouco esclarecedora, mas com um olhar apurado veremos que é, na verdade, a sabedoria divina sintetizando e justificando todos os outros nomes que recebeu e que haveria de receber: cerca de quatrocentos anos antes desse encontro com Moisés, para Abraão, Deus foi Jeová Jireh, a provisão (Gn 22:14); nos dias de Moisés, era Raphá, a cura (Êx 15:26), e Nissí, a bandeira (Êx 17:15); séculos mais tarde, aos olhos de Jeremias, seria Tsidkenu, a justiça (Jr 23:6); e na visão de Ezequiel, será Shammah, a presença (Ez 48:35).
Essa revelação gradual da pessoa de Deus registrada nas páginas das nossas bíblias, às vezes abstrata e às vezes esclarecedora, tem o seu objetivo maior de nos apontar para uma pessoa: JESUS. Ele é o “quadro completo” das peças formadas por diferentes nomes que encontramos ao longo das escrituras. Sendo assim, olhando para a Sua vida, podemos conhecer de forma certeira Àquele que se apresentou como o Todo-Poderoso, foi chamado de Ancião de Dias, mas também de Pai dos órfãos e Defensor das viúvas. Quando Jesus afirmou sobre ser o “Eu sou”, ele quis dizer que ele mesmo é o próprio Deus que vinha se revelando de diferentes maneiras ao longo dos séculos. O mistério guardado por gerações estava ali, andando entre os homens, expressando em forma corpórea e visível tudo aquilo que ele havia dito que era.
Nas entrelinhas das histórias dos nomes de Deus, vemos sempre o seu propósito se cumprindo. Ele nos criou para si e, como disse Agostinho, “até que repousemos nele, nosso coração estará inquieto”. Como você tem reconhecido Deus nos seus caminhos? À semelhança dos registros bíblicos, se você pudesse dar um nome para Deus nesse momento da sua vida, qual seria e por quê? Concluindo o estudo sobre as afirmações de Jesus sobre si, edifique a vida dos seus irmãos compartilhando seu testemunho.
