DCEC: ROMANOS – O Deus que justifica o ímpio

Semana de 28 de maio a 3 de junho de 2023

LER: Rm 4.1-8

Nossa caminhada por Romanos até aqui passou pela verdade que tanto gentios como judeus estão igualmente debaixo da condenação, tendo como única esperança serem aceitos pela graciosa obra de justificação pela fé. Logo depois de ter exposto essas verdades, Paulo avança apelando para o coração dos leitores judeus, falando sobre os patriarcas. Abraão sempre foi considerado o pai da nação, a pergunta é: como ele se tornou amigo de Deus, como diz em Isaías 41:8?

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DCEC: ROMANOS – Uma esperança para todos

Semana de 21 a 27 de maio de 2023

LER: Rm 3:21-31 

A justificação é um presente da graça de Deus! Esse trecho de Romanos foi considerado por Martyn Lloyd-Jones como a passagem central de toda a epístola, e autores como John Wesley e John Stott consideravam esse parágrafo o mais importante que já foi escrito em toda a história. Aqui temos, de fato, um ponto de virada em toda a narrativa de Romanos. Por três capítulos inteiros Paulo preparou o terreno para o que pode ser resumido pela frase “todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Não há justo, todos estão longe do criador, todos se extraviaram e a lei não pode nos salvar. Diante desse quadro terrível, ele passa a analisar tudo por uma perspectiva de esperança, usando uma palavra que remonta ao início da epístola: “somos justificados pela fé”. Portanto, vamos analisar cuidadosamente duas das verdades abordadas aqui:

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DCEC: ROMANOS – O propósito da Lei

Semana de 14 a 20 de maio de 2023

Rm 3:1-20

Na última semana, meditamos a respeito da verdadeira circuncisão, aquela originalmente intentada por Deus quando fez uma aliança com Abraão, e vimos como seu propósito se estende até nós. Junto a isso, existe um segundo elemento que muito identifica o povo judeu e que também teve seu alvo desvirtuado ao longo dos séculos e é o objeto da argumentação de Paulo nessa altura da carta aos Romanos: a Lei.   

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DCEC: ROMANOS – A verdadeira circuncisão

Semana de 07 a 13 de maio de 2023

Rm 2:25-29 

O verdadeiro louvor que agrada a Deus é o que parte do interior do ser humano e se transforma em atos concretos de obediência por amor e confiança, que é a essência da fé. É isto que Paulo afirma ao se referir a dois dos mais importantes elementos da identificação do povo judeu: a lei e a circuncisão, dada como um dos mandamentos de Deus ao povo de Israel.

A palavra “judeu” vem do nome “Judá”, que foi um dos doze filhos de Jacó (Israel). E seu significado é “louvarei a Deus” (Gn 29.35). Judá deu origem a uma das tribos de Israel, a qual se estabeleceu na região onde está situada a cidade de Jerusalém.  De Judá vieram, por exemplo, o rei Davi e o próprio Senhor Jesus, considerando a genealogia de José e Maria. Também a tribo de Judá foi a que se manteve mais fiel a Deus na época dos reis, já que as outras tribos foram se misturando com povos da região, seus costumes e deuses.

Não é demais dizer que, do ponto de vista da religião judaica, a tribo de Judá era a mais importante. No entanto, quando os olhos do Senhor passam sobre seu povo, os mesmos olhos que são como chama de fogo na descrição de Apocalipse, o que se vê é uma religião vazia, pois ele busca aquele que, de fato, “louva a Deus” no seu íntimo. A circuncisão e a aparência da lei, em si mesmas, não têm valor perante Deus.

Nos trechos seguintes, vamos ver que Paulo não desconsidera o valor da lei, porque ela expressa a vontade perfeita de Deus para o seu povo, seja num determinado momento (faça isso, vá por ali, espere e não vá agora, etc.), ou de forma permanente (de geração em geração, farás assim…). O ajuste que o Espírito Santo fez por meio do apóstolo é a ligação necessária e essencial entre o quanto eu decido fazer algo que agrada a Deus, ou o quanto eu sou movido por outros sentimentos, como o desejo de retribuição, ou o orgulho religioso e até nacionalista, que muitas vezes permeou as ações do povo de Israel no antigo testamento.

Deus criou e chamou homens e mulheres para si, para um relacionamento íntimo e profundo com Ele. Tal relacionamento é baseado no amor e na confiança. Por isso, a base desse relacionamento nunca foi e nunca será a lei, mas sim a fé. Sobre essa base vem a obediência aos mandamentos de Deus, justamente porque há o desejo de agradar a Deus (por amor) e a confiança de que sua vontade é perfeita, mesmo que muitas vezes eu não a entenda totalmente.

O chamado para viver como um verdadeiro “judeu” é para todos nós, considerando o significado desta palavra que significa louvor a Deus. Isso sem abrir mão da obediência, mas colocando-a no lugar certo: como fruto de uma vida de amor e confiança. Este é o coração circunciso do qual Paulo fala neste trecho da carta de Romanos.

Que o Pai celestial possa olhar para cada um de nós e dizer, como disse a respeito de Jesus: “Este é o meu filho amado, em quem tenho prazer”. (Mt 3.17)