DCEC: ROMANOS – Uma esperança para todos

Semana de 21 a 27 de maio de 2023

LER: Rm 3:21-31 

A justificação é um presente da graça de Deus! Esse trecho de Romanos foi considerado por Martyn Lloyd-Jones como a passagem central de toda a epístola, e autores como John Wesley e John Stott consideravam esse parágrafo o mais importante que já foi escrito em toda a história. Aqui temos, de fato, um ponto de virada em toda a narrativa de Romanos. Por três capítulos inteiros Paulo preparou o terreno para o que pode ser resumido pela frase “todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Não há justo, todos estão longe do criador, todos se extraviaram e a lei não pode nos salvar. Diante desse quadro terrível, ele passa a analisar tudo por uma perspectiva de esperança, usando uma palavra que remonta ao início da epístola: “somos justificados pela fé”. Portanto, vamos analisar cuidadosamente duas das verdades abordadas aqui:

A primeira é que a justificação vem de Deus. Ele é o justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. O texto nos diz, em resumo, tudo que foi dito até aqui: “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Glória, na Bíblia, fala de presença e ninguém tem a prerrogativa de se achegar àa presença de Deus baseado em seus próprios méritos. Fomos destituídos desse privilégio. Portanto, quando cremos em Jesus, estamos afirmando duas coisas: que reconhecemos a nossa condição pecaminosa e que, igualmente, confiamos apenas em Jesus para ser nosso substituto, tomando sobre si nosso pecado e nos dando a sua justiça. Diferente de nós, Jesus não se apega a um sentimento de “justiça própria”, mas, generosamente, imputa todos os seus méritos sobre nós. A justificação vem de Deus.

A segunda verdade é que a justificação é gratuita. Somos “justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). Deus não espera nenhum pagamento em troca da salvação. Graça significa que é “de graça” e nada do que fizemos antes da conversão pode nos tornar mais merecedores da justiça, assim como nada do que fizermos depois da conversão poderá nos tornar merecedores de mais justiça. Toda a justiça de Cristo nos é dada gratuitamente pela fé. Somos redimidos, perdoados e transportados para o seu Reino. Como diz o texto: “o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3.28). A obediência do discípulo aos mandamentos do Senhor é para agradá-lo, por amor; mas também por fé, porque ele sabe que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Não faz sentido ser salvo de forma tão tremenda e não se entregar totalmente à vontade do Senhor e Salvador das nossas almas.

A justiça de Cristo é maravilhosa, perfeita, infalível. Como Paulo diz em 2 Coríntios 5:21, “aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. Temos, em Jesus, tudo que precisamos para um perfeito acesso à presença de Deus e, nele, a glória da qual fomos destituídos é enfim restituída a nós.

E você, já se viu tentando produzir uma justiça própria para agradar a Deus?

 Quais exemplos você consegue lembrar de vezes em que isso aconteceu e qual foi o fruto? 

Vamos nos encorajar mutuamente a olharmos unicamente para a obra consumada de Jesus e recebermos a justiça que nos é ampla e suficientemente dada pela fé!

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