DCEC: Romanos – Uma dívida de amor

Semana de 10 a 16 de dezembro de 2023

Ler Rm 13:8-10

Como vimos anteriormente, o capítulo 13 da carta de Paulo aos Romanos traz uma instrução acerca da obediência às autoridades e outros deveres sociais de um discípulo, terminando, no versículo 7, em uma direta e muito prática orientação aos leitores: “Pagai a todos o que lhes é devido.” (Rm 13:7a)

Sabemos que nenhuma dívida é boa, especialmente a dívida financeira. Contudo, em um certo sentido, sempre estaremos endividados. Paulo nos explica sobre a dívida do amor de uns para com os outros (Rm 13:8a). Se nosso padrão é o amor do próprio Jesus, que deu sua vida por amor a nós, somos então confrontados com este desafio: “que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei” (João 13:34). Quando pensamos ter amado muito, é porque, muito ainda, devemos amar.

Em João 14:21, o Senhor Jesus diz: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.” A obediência e a sujeição são indispensáveis para o cumprimento da lei, seja ela dos homens ou divina. O amor, por sua vez, é provado através da obediência. Aquele que obedece sem amar, apenas cumpre a lei exteriormente e não permite que Deus alcance seu coração. Porém, aquele que ama tem seu coração conquistado por Deus e, como consequência, cumpre a lei de forma alegre e espontânea (Rm 13:8-10).

O que significa, na prática, ser um devedor do amor aos irmãos? Quando alguém financia um apartamento, fica devendo determinado valor para a instituição financiadora; mesmo depois de passar anos pagando em dia cada parcela, se olharmos para a parte do valor que ainda não foi quitada, tal pessoa ainda será considerada devedora; o valor está sendo pago pouco a pouco, mas ela ainda está devendo até quitar por completo. Agora, imagine uma dívida que, de tão grande, nunca poderá ser quitada! Assim somos nós para com nossos irmãos. Temos uma dívida de gratidão e amor para com Deus, que nos amou infinitamente entregando Seu Filho por nós, e precisamos ir respondendo a isso através de nossa obediência, amando a Ele e aos outros.

Em 1Jo 4:7-21, podemos ver que o amor a Deus e o amor aos irmãos dependem um do outro. É impossível amar a Deus sem amar aos irmãos e, obviamente, também é impossível amar aos irmãos e não amar a Deus. Como resolvemos essa equação? 1 João 4:19 explica: “Nós amamos porque ele [Deus] nos amou primeiro.” Se não fosse o amor do Pai, não teríamos amor. Mas porque fomos tremendamente amados por Ele, nos tornamos devedores e fomos capacitados a amar tanto a Deus quanto aos nossos irmãos! É do Pai que recebemos os recursos para pagar o “financiamento” do amor.

Por fim, sabemos que há uma forma correta de amar. “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 Jo 3:18). Assim, se você tem declarado o seu amor a Deus e aos irmãos, mas não tem conseguido colocá-lo em prática em suas atitudes, se achegue em oração pedindo ao Pai, que efetua em nós tanto o querer como o realizar, e Ele o ajudará a amar de fato e de verdade, praticando o amor que procede de Deus (Fp 2:13).

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