DCEC: Romanos – Abandonando os julgamentos desnecessários

Semana de 31 de dezembro a 06 de janeiro de 2023

LER: Romanos 14:13-23

Na semana passada, aprendemos em Romanos sobre a necessidade de abandonar discussões desnecessárias e como, ao invés de edificar, elas destroem a fé dos irmãos. Paulo condena tais discussões, sabendo que a principal fonte delas é o orgulho, e desta mesma fonte procedem todos os julgamentos incorretos em relação à família da fé.

Precisamos nos lembrar que existe uma forma correta de julgamento, e não é esta à qual Paulo está se referindo. O Senhor Jesus fala sobre julgarmos com reta justiça (Jo 7:24), ou seja, um julgamento justo, sem hipocrisia e que procede de Deus. Contudo, na passagem de Romanos, é tratado um julgamento que, ao invés de corrigir, traz destruição para nossos irmãos, um julgamento intimamente ligado ao orgulho e ao desprezo (Rm 14:10). É este julgamento que somos ordenados a deixar de lado, para que possamos viver como verdadeiros discípulos de Jesus.

Além de proibir um comportamento, a palavra de Deus também nos direciona para as atitudes que devemos tomar e como podemos substituir os julgamentos desnecessários. Paulo, em contraponto ao que é errado, diz: “Pelo contrário, tomem a decisão de não pôr tropeço ou escândalo diante do irmão”. Em outras palavras, ao invés de dedicar nossas forças e tempo tecendo julgamentos destrutivos para com os irmãos, somos chamados por Deus a nos preocupar em como podemos edificar a vida deles e a evitar comportamentos que abalem sua fé.

Percebemos ao longo desta passagem que a resposta e a solução para este conflito que destrói tantos vínculos é o amor de Deus. Este amor não se expressa apenas verticalmente entre eu e Deus, mas também horizontalmente entre eu e aqueles que estão ao meu redor. Paulo é radical para muitos ao dizer que se um irmão se escandaliza por algo que eu como, eu devo deixar de comer isso para não fazer meu irmão tropeçar. Obviamente, existe um contexto aqui de comidas que eram consideradas impuras para alguns irmãos – principalmente judeus – e que se escandalizavam quando viam alguém comendo-as. Paulo não condenou este tipo de comida, mas, inspirado por Deus, enfatizou o princípio de que se isso enfraquece o meu irmão, eu deixarei de fazer. Um amor sacrificial! O apóstolo entendeu o coração de Jesus.

Quais têm sido nossas atitudes para com aqueles que fazem parte da Igreja de Jesus? Temos dedicado nossa força para formar julgamentos que não edificam ou para nos preocuparmos em como podemos fazer nossos irmãos crescerem e não tropeçarem na fé? Estamos entrando em um novo ano, que nesse período possamos avançar ainda mais no amor de Deus que se estende para quem está perto de nós, sabendo que a prática deste amor mostra que somos um só Corpo, e com isso o nome de Deus é glorificado.

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