DCEC: Romanos – O ministério de Paulo: Planos e desafios

Semana de 21 a 27 de janeiro de 2024

LER: Rm 15:14-22

Ao longo das epístolas de Paulo, muitas vezes vemos o apóstolo “se explicando” no intuito de esclarecer algo que tenha feito, dito, ou, muitas vezes, revelando a intenção das coisas que escreveu. No capítulo 15 de Romanos, adentramos em uma dessas explicações, desta vez, sobre o ministério. É importante ressaltar que todos nós temos um ministério, um propósito para o qual Deus nos separou, a fim de que sejamos incluídos e participantes da sua obra. Dentro disso, veremos 3 princípios do ministério que devemos guardar e aplicar em nosso próprio chamado individual.

O primeiro princípio fundamental no ministério de Paulo pode ser denominado como “postura”, que define a necessidade de um procedimento em conformidade com o chamado de cada indivíduo. É precisamente sobre isso que Paulo discorre nos versículos 15 e 16, quando explica o porquê do apóstolo escrever com ousadia da maneira que escreve: Por causa do ministério entre os gentios. O ministério confiado a Paulo era desafiador, demandando firmeza tanto no relacionamento com os judeus, um povo que muitas vezes enfrentava dificuldades ao lidar com a divulgação do evangelho entre outras nações, quanto na proclamação da mensagem aos gentios, um povo frequentemente mergulhado na idolatria e desconhecimento de qualquer referência a um Deus como Jesus. Portanto, a ousadia no escrever era a postura que Paulo deveria adotar diante do seu chamado. Da mesma forma, somos convocados a identificar o nosso próprio ministério e agir de acordo, tomando a postura adequada.

O segundo princípio é o de se gloriar na obra de Cristo. Isso significa que os motivos pelos quais devemos atribuir valor e dar reconhecimento na nossa vida devem ser, exclusivamente centrados no que Cristo realizou. É fácil perceber quando a obra de Cristo é realizada através de nós: quando milagres ocorrem, quando somos transformados na imagem de Cristo em áreas que tínhamos dificuldades imensas, quando somos corajosos e fazemos algo pelo Senhor que não faríamos de forma natural, tudo isso são obras de Jesus, e essas obras são motivos de nos gloriarmos em Cristo. Quando nos despimos do primeiro lugar em nossa vida e ministério, e damos espaço para as obras de Cristo tomarem o protagonismo, então experimentaremos o poder para concluir o objetivo do nosso chamado.

O terceiro princípio que se destaca é sobre planejamento. Paulo, no final do trecho, mostra seu empenho em não edificar sobre fundamento alheio, ou seja, ele se planeja para não pregar onde evangelho já foi anunciado. Essa estratégia tem como objetivo assegurar que o evangelho seja proclamado aos que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir. Observamos que Paulo otimiza seu ministério e cumpre seu chamado ao se informar, traçar rotas e alvos, tudo isso sob a orientação do Espírito Santo, visando cumprir com o propósito do seu ministério. Igualmente, somos chamados a ser estratégicos e bem planejados, buscando cumprir aquilo que o Senhor espera de nós.

Podemos considerar o ministério de Paulo um sucesso, pois até os dias de hoje continua dando frutos. Mas quanto a nós, qual tem sido a nossa postura frente ao nosso chamado? Será que tem sido adequada? Temos atribuído o correto valor para a obra de Deus em nossa vida? Ou somos intencionais e planejados para cumpri-lo? Medite e compartilhe com seus irmãos a resposta dessas perguntas, e animemo-nos uns aos outros a cumprir com o nosso chamamento.

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