Semana de 18 a 24 de fevereiro de 2024
LER: Rm 16:17-20
Dentre as últimas riquezas que Paulo apresenta em Romanos, existe um alerta à Igreja: cuidado com os falsos irmãos. Como Jesus nos diz no Sermão do Monte, estes podem estar disfarçados de ovelhas, mas são lobos vorazes (Mt 7:15). Uma exortação como essa, vinda do Espírito, é atemporal e especialmente relevante nos últimos dias! Vamos, portanto, estudar quem são os falsos irmãos, quais são suas características e quais atitudes devemos ter para com eles.
Ao falar de falso e verdadeiro, podemos notar que tudo o que é falso é relativamente parecido com o objeto autêntico que pretende copiar, mas não possui os atributos essenciais para ser considerado genuíno. Uma camiseta falsificada pode ser parecida com a original, mas não foi produzida pela marca oficial. Igualmente, um falso irmão é alguém que não nasceu do Espírito, mas da carne (Jo 3:6). Tais pessoas não possuem Jesus como seu Senhor e Salvador; pelo contrário, o apóstolo Paulo diz que “esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre” (vs. 18). Ou seja, os falsos irmãos não são originados de Deus e, portanto, não podem ser autênticos.
Por mais parecida que a camiseta falsa seja com a original, elas possuem características importantes que as diferem e que são perceptíveis. Falsos irmãos não possuem o desejo sincero de obedecer a Deus e edificar a Igreja de Cristo; pelo contrário, andam segundo as suas paixões abomináveis, seguem seus próprios instintos e não possuem o Espírito de Deus (Jd 1:18-19). Isto é, eles podem ir aos cultos, aos grupos caseiros, cantar no louvor, falar palavras do meio cristão, mas suas ações e reações revelam que não procedem de Deus. Características a se considerar em tais pessoas: não dão bons frutos (Mt 7:17), vivem na prática de pecado (1Jo 3:9), não amam a Deus nem os irmãos (1Jo 4:20), transformam a Graça de Jesus em libertinagem (Jd 1:4), são murmuradores e descontentes (Jd 1:16), são arrogantes (2Pe 2:10), inserem heresias dentro da Igreja (2Pe 2:1), entre outros aspectos.
Mas, apesar de todas as particularidades que os diferenciam dos verdadeiros irmãos, eles conseguem enganar muitos. Paulo diz que “Com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração das pessoas simples” (vs. 18). O apóstolo Pedro diz que “muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, o caminho da verdade será difamado” (2Pe 2:2). Contudo, o Pai está atento e cuidando da sua Igreja; por meio das escrituras, alerta que “o destino deles é a perdição” (Fp 3:19) e que qualquer um que faça os pequeninos que creem em Jesus tropeçar, melhor seria que amarrassem uma pedra ao pescoço e fossem lançados ao mar (Mt 18:6). A condenação é eterna para qualquer um que se infiltrar no meio da Igreja de Deus, se passando por irmão, enganando pessoas e fazendo-as abandonar a fé.
Quanto a nós, verdadeiros irmãos em Cristo, temos confiança de que – apesar das nossas falhas – se temos uma fé sincera e humilde em Jesus, se amamos a Ele e aos que estão ao nosso redor, pertencemos ao Seu Reino e somos autênticos filhos de Deus! E, por isso, devemos seguir a orientação de Paulo de notar bem os que provocam divisões e escândalos e nos afastarmos deles (vs. 17), para que não sejamos influenciados. Compartilhe como podemos perceber falsos irmãos e quais atitudes práticas devemos ter em relação a eles.