DCEC: Essência

Semana de 1º a 7 de abril de 2024

LER: Jeremias 6:16

A Palavra de Deus, em Jeremias 6:16, adverte ao povo que vive em Jerusalém para que “perguntem pelos caminhos antigos, perguntem pelo bom caminho e sigam-no, e a alma de vocês encontrará descanso”. Essa advertência não se refere a um caminho geográfico ou estrada que pode ser encontrada com um mapa, mas sobre uma forma de viver, sobre a essência do povo de Deus. É indispensável que, como seus discípulos, saibamos discernir entre aquilo que é essencial e o que é secundário, entre as coisas absolutas e as relativas.

Certamente encontraremos coisas boas dentro daquilo que é relativo ou secundário; coisas úteis, mas nunca indispensáveis. Pode ser que algumas destas coisas nós até praticamos por tradição, como o uso de um templo para nossas reuniões, ou o próprio púlpito; quando na verdade o essencial é ser igreja onde estivermos, e lembrarmos de que quando nos reunimos, cada um tem algo a compartilhar para a edificação do Corpo de Cristo.

A igreja do Senhor provou, ao longo dos séculos, ser adaptável a qualquer momento e circunstância. Em seus primeiros 300 anos não havia um templo, se reunia nas casas e, quando possível, em locais públicos. Depois foi perseguida por séculos, sendo impossível ter uma reunião pública ou congregacional. Mas mesmo escondida, ela nunca perdeu de vista o que era essencial! Eles não tinham palcos ou equipamento de som, tinham “apenas” o absoluto, tudo o que nunca deveria faltar: o Espírito Santo e a Palavra de Deus.

Precisamos cuidar para não ficarmos voltados para dentro. Jesus nunca disse “ide e construí templos em todas as nações” ou “ide e façam reuniões”. Mas Ele disse, em Mateus 28:19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. (…)”. Precisamos resgatar o verdadeiro significado de ser igreja!

Claro que depende do contexto de cada país, estado ou cidade, mas precisamos ter uma mente ampla. Firmes no absoluto, mas abertos ao que é relativo! O Espírito Santo é livre e criativo; nossa carnalidade não pode nos prender a esquemas e costumes, precisamos de liberdade na forma e estratégia, sempre inspirados pelo nosso Paracleto. Como diz o fundador da MPC, devemos viver “ao compasso dos tempos, mas ancorados na rocha”. 

Métodos são fáceis de replicar; a dificuldade, no entanto, está em compreender os princípios que operam por trás dos métodos. Às vezes colocamos os “óculos da cultura” e, inconscientemente, enxergamos as coisas de um jeito distorcido, pensando que a nossa visão é a única visão correta. Mas como podemos retornar à essência no contexto em que vivemos? Como podemos praticar as mutualidades em dias de tanta globalização e superficialidade? Como aplicar a imutável Palavra de Deus ao homem contemporâneo? Junte-se a dois ou mais irmãos e separem um tempo para responder a estas perguntas. Depois orem ao Senhor e peçam que o Espírito Santo siga nos conduzindo à toda verdade!

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