DCEC: Quem é o homem espiritual?

LER: Romanos 8:12-17

No capítulo 8 da carta de Paulo aos romanos, podemos observar que a lei não era capaz de tirar o homem do pecado, visto que ele não podia cumpri-la. Mas Cristo veio em carne e, por sua graça, fomos vivificados pela atuação do Espírito Santo em nossas vidas, sendo justificados e regenerados mediante a morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus.

Ao contemplar tão grande salvação e verdade somos confrontados com a dura realidade em que vivemos, pois mesmo que em nosso espírito haja um intenso desejo por fazer a vontade de Deus, a carne que habita em nós milita contra o espírito. Como, então, sabemos que somos verdadeiros convertidos? Um incrédulo não luta contra o pecado, ele peca deliberadamente, satisfazendo os desejos da carne. Um verdadeiro convertido não quer pecar, e ainda que o faça, é conduzido pelo Espírito Santo ao arrependimento, tendo certeza de que se converteu a Cristo! Diante da convicção da conversão, como devemos viver e lutar contra o pecado? Para isso temos disciplinas espirituais, como a oração, o jejum e a leitura da Palavra, que nos ajudam na caminhada cristã. Entretanto, apesar de muito importantes para Deus, o que realmente importa é a vida que recebemos no espírito! A vida de Jesus em nós é o que nos move à prática das disciplinas espirituais; a habitação do Espírito Santo em nosso espírito é o que gera todas as virtudes.

Não obstante, há ainda um outro aspecto da salvação que opera em nossas vidas. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8:14). O homem espiritual se torna filho, e filho maduro. O filho recém gerado (teknon) ainda é um filho imaturo, mas quando o Pai se refere a Jesus, ele o chama de filho maduro (huios); e a expectativa de Deus sobre nós, é que também nos tornemos filhos maduros.

Nas escrituras, o amadurecimento não se mede apenas com o tempo, mas com o quanto de Cristo está sendo formado em nós! O quanto pensamos e agimos como Ele. Nós fomos adotados para a condição de filhos maduros, e adoção, neste sentido, deriva do termo huios. Em Roma era muito importante a continuidade do propósito da família, e quando um pai transferia seu legado para o filho, ele buscava um filho que pensasse como ele, que tivesse sua mente e seu caráter. Essa é a verdadeira adoção: somos adotados quando somos chamados à maturidade!

Aproveite o tempo com os irmãos para refletir, à luz das Escrituras, sobre o quanto você tem amadurecido como discípulo de Jesus, e discernir quais as obras da carne que ainda o atrapalham. O Senhor nos chama a andar sob a direção do Espírito, uma vez que vivemos pelo Espírito! Portanto, se você tem cedido aos impulsos da carne, confesse aos irmãos e abandone o que for necessário para que, como filho de Deus, você seja conduzido ao amadurecimento.

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