Semana de 25 de junho a 1º de julho de 2023
LER: Rm 5:12-21
A geração que veio de Adão não pôde alcançar o objetivo para o qual o homem foi criado, e não irá permanecer para sempre. Por isso, sobre todos os homens recai a sentença: “o salário do pecado é a morte”. Nem mesmo a lei, que é santa e justa, o ajudou. Pelo contrário, ela realçou ainda mais a sua deficiência, como uma luz que ilumina os defeitos e desgastes de um artefato que foi quebrado. Por esta razão, não há esperança em nenhum descendente de Adão. A cruz encerrou o processo de morte e juízo que havia sobre toda a humanidade, mas essa expressão também nos lembra que nada podemos fazer sobre a base de uma geração terrena, cujo destino já foi selado na cruz.
Se nenhum esforço nosso foi suficiente para nos livrar da condenação, da mesma forma nenhum esforço humano tem valor eterno (mesmo para aqueles que já se converteram a Cristo). Era necessário um novo homem, diferente de Adão em tudo, exceto em sua humanidade. Mas, quem seria esse homem capaz de encerrar o ciclo de separação e, ao mesmo tempo, realizar o resgate da humanidade e do propósito eterno do Pai? Apenas um foi capaz de fazer essa obra completa: Jesus, O Cristo.
Uma nova raça surgiu a partir de Cristo. Homens e mulheres justificados sem méritos próprios, mas por um só ato de justiça de Jesus. Tudo agora segue por um caminho diferente, um caminho de graça e poder do Espírito Santo, que habita no novo homem. É certo que há demandas para o discípulo de Jesus, mas elas somente são atendidas quando há plena ação do Espírito Santo sobre aquele que foi regenerado. Em outras palavras, para que o homem possa ter vida, paz e união com Deus, vivendo em direção à vontade eterna do Pai, ele precisa primeiro nascer de novo, como parte de uma nova “geração”, não mais em Adão (por meio de quem o pecado entrou no mundo e se espalhou por toda a humanidade), mas a partir do nosso Senhor Jesus, que é chamado de “segundo Homem” e de “homem celestial”, em 1 Co 15.47. Fomos inseridos Nele, como membros do seu corpo, filhos de Deus, membros de uma nova família.
O texto termina com uma das declarações mais gloriosas de Romanos: “onde abundou o pecado, superabundou a graça!”. Isso tem muitas implicações práticas para nós. Não há como ser um membro do corpo de Cristo e viver essa nova vida, e ao mesmo tempo permanecer na prática de pecado, mesmo que sua presença esteja ali (na carne) como um espinho que nos lembra de nossa antiga natureza. Mas tal lembrança vai ficando cada vez mais longe, na medida em que a graça se manifesta para nos fazer experimentar a vida que flui do cabeça.
Use um tempo para meditar nestas verdades e deixe que o Espírito Santo de Cristo possa esquadrinhar seu interior para mostrar o que ainda precisa ser transformado segundo a natureza do novo homem, em Cristo. Em seguida, compartilhe o que o Senhor lhe revelou, tanto com seus irmãos na fé, quanto com aqueles que ainda não nasceram de novo e permanecem debaixo da condenação do pecado.